Por Hamilton G. P. Mendes
A vereadora Juliana Damus (PP) está enviando uma indicação ao prefeito municipal, Marcelo Barbieri (PMDB), onde solicita ao chefe do Executivo que atente para a necessidade de tomar as necessárias providências de implementar em Araraquara, a iniciativa de transformar as máquinas caça-níqueis apreendidas nas ações policiais, em microcomputadores a serem destinados à rede pública de ensino municipal.
De acordo com Juliana, a iniciativa não seria única no País, já que experiências semelhantes foram adotadas em outras cidades brasileiras, como em Goiânia, onde as máquinas caça-níqueis estão sendo desmontadas para que suas peças (placa-mãe, estabilizadores, monitores etc.) sejam utilizadas na montagem de microcomputadores, inclusive com aproveitamento da madeira que reveste o equipamento para servir de suporte (mesa), destinadas às escolas.
Para ter sucesso, no entanto, tal empreendimento deve contar com o apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público (MP), o que exigiria, do Executivo, ações no sentido de que a iniciativa fosse conjunta entre as partes.
“O jogo é ilegal no País, e a apreensão das máquinas caça-níqueis são uma constante. Faço a proposta, porque, depois de apreendidas, as máquinas não podem ser devolvidas aos seus proprietários, por tratarem-se de produtos utilizados para práticas delituosas. Sendo assim, nada mais justo do que transformar os equipamentos em computadores, que auxiliarão na inclusão digital de crianças menos favorecidas, equiparão as unidades de ensino e permitirão a implementação de outros programas na área da Educação”, explica a vereadora.
Juliana lembra ainda, segundo informações extraídas da internet, a cidade de Itapevi (SP) implementou a iniciativa de transformação dos caça-níqueis com total sucesso, e a um custo aproximado de R$ 90,00 por máquina transformada.
“Fica muito barato modificar os equipamentos e transformá-los em computadores. O mais importante, no entanto, é que havendo entendimento entre o MP, o Judiciário e o Executivo, todas as máquinas estariam a serviço da Rede Pública de Ensino, que depende de todo um processo burocrático para receber equipamentos de última geração. Penso que seria um grande passo para a cidade”, concluiu Juliana.