A vereadora Juliana Damus (Progressistas) participou, na manhã de sábado (14/03), do 1º Café no Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA). O evento visa o debate, em formato de roda de conversa, sobre a importância da preservação do patrimônio histórico municipal e o papel do museu neste cenário. Também estiveram presentes o doutor Marcelo Adorna Fernandes, professor do departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da UFSCar, doutor Robson Rodrigues, arqueólogo da Fundação Araporã, e moradores da cidade.
Robson relatou que “a arqueologia é uma área que está presente no lugar onde estamos, no quintal da nossa casa, então o desafio é fazer com que ela chegue, de fato, até a nossa presença, para que a gente construa com a sociedade essa possibilidade de pensar em uma arqueologia que fale de nós. Sabemos que a Saúde, a Educação e outras áreas precisam de grandes investimentos, mas não podemos nos esquecer da Cultura, que é de grande relevância”, finalizou.
A ideia é que seja dada publicidade ao patrimônio arqueológico, evitando-se a individualização proveniente do colecionismo. Ao invés de reter os materiais em casa, deve-se acondicioná-los em uma instituição para que, além da preservação, consequentemente haja difusão dessas informações. Essa difusão propiciará uma melhora na educação cultural, e atrairá o turismo ao município.
Marcelo destacou a Lei nº 9.503/2019, de iniciativa da vereadora, que dispõe sobre procedimentos para manuseio e manutenção das lajes de arenito da Formação Botucatu. “A lei contribuiu muito para a preservação do material arqueológico existente a céu aberto em Araraquara”, disse o professor, que citou como exemplo o calçamento no entorno do MAPA e do Parque Infantil. Essas calçadas “jurássicas” ganharam relevância no cenário nacional após a exibição do assunto em programas de televisão, jornais e revistas.
“Debates como esse possibilitam a continuidade da preservação do material arqueológico existente, pois atraem o interesse da população e do poder público, bem como eventuais investimentos na área do turismo, gerando atrativos para a cidade e fomentando o comércio local”, justifica Juliana.
Ao final do evento foi disponibilizado um mapa dos patrimônios de Araraquara, desenvolvido pela Fundação Araporã, que apresenta a localização de alguns imóveis históricos e os trajetos da atividade “As Pegadas da Minha Rua”, evento que ajudou a difundir as calçadas “jurássicas”. A ideia é disponibilizar esse mapa no Facebook do museu para que as pessoas possam contribuir com os patrimônios materiais e imateriais que elas conhecem, e no final do ano será feita uma avaliação dessas contribuições e atualização do mapa.