Por Chico de Assis
Os conselheiros do Conselho Municipal de Defesa dos Animais, recentemente empossados pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), fez esta semana a primeira reunião, que ocorreu em uma sala da Biblioteca Municipal “Mário de Andrade”. Mediada pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, José dos Reis Santos Filho, nesta primeira reunião houve a apresentação formal dos componentes do Conselho, além de um levantamento dos problemas que devem ser enfrentados e resolvidos. Outro objetivo apontado por Reis é a necessidade de que todos os órgãos, serviços e entidades representados “falem a mesma língua”.
A primeira medida a ser tomada é o levantamento de todas as leis, códigos e normas existentes para que possam ser divulgadas e cobradas suas aplicações, além de alterá-los para que fiquem mais rigorosos, coibindo os maus tratos. A vereadora Juliana Damus (PP), vice-presidente da Câmara, acompanhou a reunião, mesmo sem ser integrante formal. “É uma causa na qual empenho dedicação há muito tempo. Vou acompanhar as reuniões, lutar pela construção de políticas públicas em defesa dos animais, e já direcionei emenda no orçamento municipal para o ano que vem, destinando recursos para a construção do Abrigo Municipal para animais”, relatou.
Muito se falou na reunião sobre a responsabilidade na posse e nos cuidados com os animais. “Cão na rua deixado pelo dono é muito diferente de cão de rua, que não tem onde viver. É uma questão de responsabilidade. Tem gente que sai para trabalhar pela manhã e deixa o animal o dia todo na rua”, disse Adriana Matos, presidente da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA), apontando que há omissão na cautela com os animais.
Mesmo sendo uma reunião de avaliação ficou claro que um dos programas a ser realizado no município é o da educação, com palestras em escolas. Segundo Reis será necessária a elaboração de material de divulgação “que seduza, e não assuste, transmita a mensagem e convença a população”. Outro é o da colocação de chips para identificação do proprietário. Este programa será acompanhado da aplicação da legislação do setor, com a aplicação de punições. Também haverá o incremento do programa de adoção de animais, unindo as entidades que atuam com a questão para que o trabalho seja potencializado, e não mais realizado de forma isolada.
“Este é um grupo de pessoas de muito empenho no cuidado com os animais. Portanto, o Conselho nada mais é do que a ferramenta que vai uni-los para aproveitar a energia de todos em um trabalho coordenado e sem distensões”, apontou Reis. Mesmo sem um censo oficial do número de animais existentes na cidade, principalmente cães e gatos, há estimativas que esta população alcance o número de 65 mil animais.
Outro programa que se mostrou eficiente é o da castração. Este também terá incentivo do Conselho. Há ainda a proposta da criação de um site para animais perdidos. Ela se mostra eficiente nas cidades onde é aplicado. Os Conselheiros deverão ainda visitar o Abrigo Municipal da cidade de São Carlos.
A próxima reunião do Conselho ocorrerá no dia 6 de dezembro, às 6h30, novamente na Biblioteca Municipal.