Por Assessoria de Comunicação
Envolvida desde 2002 com a questão da dengue, a vereadora Juliana Damus (PP), defendeu ontem uma grande campanha de conscientização da população para o problema da proliferação do Aedes Aegypti na cidade, que pode desaguar em mais uma epidemia da doença este ano. Para ela, que ainda em 2003 apresentou um projeto pedindo a implantação de medidas de polícia administrativa como forma de punir os maus cidadãos, não adianta apenas colocar nas ruas o pessoal contratado para atuar no combate aos criadouros do mosquito, é preciso educar a população.
“Integro, desde 2003, como representante da Câmara Municipal, o Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue, cujos membros representam os mais diversos setores de nossa sociedade. Ainda assim, nunca fomos convidados a participar das reuniões que organizaram os trabalhos de combate ao mosquito transmissor durante a epidemia, em 2008”, disse. Para Juliana, é importante que todos compreendam a importância do envolvimento de cada um dos setores organizados no movimento. “A dengue é uma doença séria, não se pode fazer política com ela”, enfatizou.
A vereadora chama a atenção também para a necessidade de se valorizar os funcionários da Vigilância Epidemiológica, além dos demais contratados, durante a execução dos mutirões e trabalhos que venham a ser implantados na cidade. “São eles quem visitam as casas e são eles que estão a par da realidade do município. Várias vezes, no ano passado, os funcionários ficaram a margem das discussões e isso desanima as pessoas”, lembrou.
“O Poder Público deve dar o exemplo”
Sobre a atuação do Poder Público no combate a dengue, Juliana diz que concorda plenamente com o prefeito Marcelo Barbieri, quando ele diz que todos em seu governo devem dar o exemplo. “A Prefeitura deve manter seus terrenos e prédios limpos e livres do risco de aparecimento de criadouros. Assim como, deve haver um grande envolvimento do funcionalismo, em todos os setores, nas ações contra a dengue. Araraquara não pode viver uma nova epidemia em 2009”, ressaltou.
Ela defende também que os trabalhos deste ano se restrinjam as questões técnicas e esqueçam por completo as de cunho político. “O que importa para a população é como a Prefeitura gastou dinheiro no combate ao Aedes Aegypti, se os valores foram aplicados de forma responsável. Porque, se existem cidadãos conscientes, também existem aqueles que não são. Por isso, não se pode relaxar no trabalho de combate ao mosquito e aos criadouros”, lembrou a vereadora.
E, por fim, Juliana defendeu a implantação do sistema de denúncias anônimas durante os trabalhos de prevenção à proliferação do mosquito e da doença. “Propus a adoção das denuncias anônimas e o prefeito Marcelo acatou. É um instrumento importante, porque muitas vezes as pessoas ficam constrangidas em encaminhar uma denúncia contra um vizinho, caso tenham que se identificar. Nós temos que vencer à ‘briga’ contra o Aedes Aegypti e devemos nos concentrar em mobilizar toda a população para nos acompanhar no processo. E, para isso, todos os instrumentos legais serão necessários”, concluiu.